foto: internet
O fato é que a Paulinha sugeriu um texto aos trinta. Pensei, repensei, matutei como seria feito, quais idéias levantariam e compliquei-me nesses devaneios tolos, amortecendo o desenvolver das palavras.
Depois, freei os pensamentos, esvaziei o caminho e deixei que as circunstâncias provocassem o desejo nelas.
Nos últimos dias fiz reflexo na “juba”, achei pouco, fiz retoques, exagerei na cor, iluminei o rosto, dando ares de loira, enfeitando os fios dos cabelos. Até gostei, me percebendo outra mulher, como se eu pudesse mudar de cara num dia, uma espécie de troca de roupa. Aí, os dias foram dissipando, provocando ares de desconfiança com a imagem refletida no espelho. Tentei até me convencer que estava bom, mas bastou uma pincelada pela noite, para um fotografo desses sites da cidade, registrar a imagem de uma outra Eliz, meio diferente da que vive comigo todos os dias, para eu renegar as novas madeixas de moça de trinta. Virei morena de novo, olhei no espelho e abracei a idéia caduca em mim. Enquanto isso, uma amiga levanta a tese de que já faz parte da suposta “crise” dos trinta minhas mudanças mundanas no decorrer da semana. Olhei torto para a idéia, depois fui assimilando-a. Seria mesmo devaneio dos trinta?
Então, veio a festa, outra ousadia, segui sozinha, sem companhia programadas. Desfiz-me refeita em mim, dancei de uma pista a outra, descansei os olhos ao som da música que embalara e concentrei-me nos ruídos da música e segui misturando bebidas sem me dar conta das conseqüências do depois. Reencontrando pessoas, celebrando a festa, fui me envolvendo com torpores.
Mais tarde, já era tarde e o primeiro porre consumou-se em mim, quando o mundo rodou, as pernas não se firmaram como antes e a imagem refletida sobre os olhos pareciam míopes e estrábicas.
Voltei pra pista e pedi socorro: “pare o mundo que eu quero descer!”
Ela acolheu-me, me tirou da multidão, sugeriu botar pra fora e vomitar. Constrangida, fui libertando-me dos conceitos de educação e larguei as aflições contidas no excesso de álcool. Adormeci no carro quando a aurora anunciava um novo dia, o reboliço da cachaça já não era latente aqui. Restando gentilezas nas frestas da noite. O primeiro grande porre aos trinta. Uma nova cor nos cabelos aos trinta e outras vertentes aos trinta.
Dedico este à Paulinha pela idéia germinada e a Belzinha e Dariu pela gentileza, e a todas as mulheres de trinta miúdos, amiúde, mudos aqui.
: : eliz : :
Depois, freei os pensamentos, esvaziei o caminho e deixei que as circunstâncias provocassem o desejo nelas.
Nos últimos dias fiz reflexo na “juba”, achei pouco, fiz retoques, exagerei na cor, iluminei o rosto, dando ares de loira, enfeitando os fios dos cabelos. Até gostei, me percebendo outra mulher, como se eu pudesse mudar de cara num dia, uma espécie de troca de roupa. Aí, os dias foram dissipando, provocando ares de desconfiança com a imagem refletida no espelho. Tentei até me convencer que estava bom, mas bastou uma pincelada pela noite, para um fotografo desses sites da cidade, registrar a imagem de uma outra Eliz, meio diferente da que vive comigo todos os dias, para eu renegar as novas madeixas de moça de trinta. Virei morena de novo, olhei no espelho e abracei a idéia caduca em mim. Enquanto isso, uma amiga levanta a tese de que já faz parte da suposta “crise” dos trinta minhas mudanças mundanas no decorrer da semana. Olhei torto para a idéia, depois fui assimilando-a. Seria mesmo devaneio dos trinta?
Então, veio a festa, outra ousadia, segui sozinha, sem companhia programadas. Desfiz-me refeita em mim, dancei de uma pista a outra, descansei os olhos ao som da música que embalara e concentrei-me nos ruídos da música e segui misturando bebidas sem me dar conta das conseqüências do depois. Reencontrando pessoas, celebrando a festa, fui me envolvendo com torpores.
Mais tarde, já era tarde e o primeiro porre consumou-se em mim, quando o mundo rodou, as pernas não se firmaram como antes e a imagem refletida sobre os olhos pareciam míopes e estrábicas.
Voltei pra pista e pedi socorro: “pare o mundo que eu quero descer!”
Ela acolheu-me, me tirou da multidão, sugeriu botar pra fora e vomitar. Constrangida, fui libertando-me dos conceitos de educação e larguei as aflições contidas no excesso de álcool. Adormeci no carro quando a aurora anunciava um novo dia, o reboliço da cachaça já não era latente aqui. Restando gentilezas nas frestas da noite. O primeiro grande porre aos trinta. Uma nova cor nos cabelos aos trinta e outras vertentes aos trinta.
Dedico este à Paulinha pela idéia germinada e a Belzinha e Dariu pela gentileza, e a todas as mulheres de trinta miúdos, amiúde, mudos aqui.
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