segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Óia tudo isso!




Correria, dia-a-dia, novas regras para a existência das palavras, bares, bebidas e barulho, entulhos de cidades, música no mp4 do ouvido, cotidianos enclausurados do viver, pergaminhos de idéias, dor de cabeça, do de gente, dor do mundo. Absurdos proclamados pela mídia, falta de livro e de coerência com o contexto lá de fora.
Ironia do destino, amargo na boca, sabor de febre, saudade de rios, ópio e outras degustações condicionadas na segunda de um segundo que passa. Tempo de hora marcada, piercing no nariz, outras variedades da espécie humana, violência e machismo, enxaqueca, persistência e preguiça, necessidades implantadas no parágrafo de outra estrofe à dentro. Animais pela casa, cerrado ressecado, calor enfurecido na Rússia, convulsões de palavras engalfinhadas e rabiscos (muitos deles).

Fim de tarde, intolerância proclamada, absurdos de um pensamento livre, liberdade aprisionada, notícias, muitas delas sem explicações detalhadas, fofocas, fama mal tragada, flash e espelhos escondendo outras faces. Fases nada.

Espinhos e rasgos, sangue que escorre e umbigos escondidos sobre calças apertadas. Normalidade aparentada, loucura declarada, insurreições de velhas possibilidades. Óia à moça e outro moço! Óia pra mim e óio o cachorro deitado na pista! Sonhos de marés e maresias, tantas vontades afoitadas na esquina. Um segundo bem tranqüilo desta vida, outra dor de cabeça, música, sempre, música. Óia tudo isso! São flores desta existência compartilhadas de silêncio...

eliz pessoa