Ele como hábito apareceu
no meu caminho com a mesma mania de colher grãos da terra avermelhada aqui do
centro oeste brasileiro. Ele é bem miúdo, indiferente ao meu olhar pidão. É, porque não há outra maneira visualizá-lo sem me encher de ternura.
Seu nome é João de Barro e dizem alguns, que ele aprisiona a fêmea até mata-la
em sua casa de terra vermelha, construída bico-a-bico nos galhos das árvores,
postes de iluminação pública, sacada das quitinetes, no jardim do vizinho ao
lado.
Alguns artesãos
descobriam a arquitetura do pequeno e a transformaram em casinhas pequenas
para decorar casonas maiores.
Eu gosto do João de
Barro e gosto do barro de João, da miudeza do João, da falta de cabimento de
João, da simplicidade do passarinho e da minha imbecilidade diante de tudo
isso.
Era só um passarinho da
cor do barro e do barro em cor.
elizpessoa
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