segunda-feira, 16 de julho de 2012



Ele como hábito apareceu no meu caminho com a mesma mania de colher grãos da terra avermelhada aqui do centro oeste brasileiro. Ele é bem miúdo, indiferente ao meu olhar pidão. É, porque não há outra maneira visualizá-lo sem me encher de ternura. Seu nome é João de Barro e dizem alguns, que ele aprisiona a fêmea até mata-la em sua casa de terra vermelha, construída bico-a-bico nos galhos das árvores, postes de iluminação pública, sacada das quitinetes, no jardim do vizinho ao lado.

Alguns artesãos descobriam a arquitetura do pequeno e a transformaram em casinhas pequenas para decorar casonas maiores.

Eu gosto do João de Barro e gosto do barro de João, da miudeza do João, da falta de cabimento de João, da simplicidade do passarinho e da minha imbecilidade diante de tudo isso.


Era só um passarinho da cor do barro e do barro em cor.


elizpessoa

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