foto: Ana Franco
Porque a palavra quando não basta, serve de apoio à ponta da caneta gasta.
E fica difícil contar o que não se sente, o que não se experimenta na gente.
O risco admite as nuances do caminho, mas ainda te canto, mas não de conto acentuando sensações.
E fica difícil contar o que não se sente, o que não se experimenta na gente.
O risco admite as nuances do caminho, mas ainda te canto, mas não de conto acentuando sensações.
E hoje os Beatles te resgatam de um naufrágio musicado em mim.
Mas, se bem que, depois que o tempo mudou a alforria das coisas, esse som impacienta-me o ouvido.
Faz tanto tempo que a gente deixou algo esquecido, recolhido nos resquícios de uma só lembrança...
Faz tanto tempo que a gente deixou algo esquecido, recolhido nos resquícios de uma só lembrança...
Como a roupa esquecida no varal de fora da casa, na pressa descritiva dos dias, meses, e que alguém levou, sobrando aqui dentro a vaga sensação do vazio.
Há tanto tempo, que eu já devia ter te esquecido, como a última palavra vaga ao final da linha.
Depois de tudo, o prêmio, resistindo a certeza do carinho, e os ruídos de Hendrix que naufragam você.
Numa estúpida velocidade, as mudanças cortaram a passagem de pés descalços, sem sequer perguntar-me se as queria, nem se importou com as coisas as quais, atribuía algum tipo de valor importado.
Há tanto tempo, que eu já devia ter te esquecido, como a última palavra vaga ao final da linha.
Depois de tudo, o prêmio, resistindo a certeza do carinho, e os ruídos de Hendrix que naufragam você.
Numa estúpida velocidade, as mudanças cortaram a passagem de pés descalços, sem sequer perguntar-me se as queria, nem se importou com as coisas as quais, atribuía algum tipo de valor importado.
Ditando novas regras de um jogo que eu não escolhi jogar.
(A vida é feita de escolhas)
Revendo delírios em tantos grilos, gritando dentro de nós.
Agora, respingam desabafos escondidos nas horas de silêncio.
(A vida é feita de escolhas)
Revendo delírios em tantos grilos, gritando dentro de nós.
Agora, respingam desabafos escondidos nas horas de silêncio.
E ainda resiste a miséria disseminada nas vozes das ruas, quando alguns velhos sem amparo (ainda), zelam por possibilidades de esperança.
Milagrosamente, insiste na cegueira da fé, indispensável sobre as curvas do caminho.
Estranhamente, derramo algo novo, resquícios de um mundo caduco, consumindo de tantas verdades.
Estranhamente, derramo algo novo, resquícios de um mundo caduco, consumindo de tantas verdades.
E recolho-me na essência camuflada sobre a pele, mais próxima de minha morada.
Texto: eliz pessoa
2 comentários:
É sempre fácil falar, sempre muito difícil aceitar... E num instante desses aí, a gente olha pra trás e percebe que "já faz tanto tempo".
Lindo este!!!
Beijão,
Cabeça
Você sempre lindinha!!!
Bjinhos e saudades
Ana Palmira
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