quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sangue, suor e palavra



Foto: Internet




É o cheiro da pele na pele, outros absurdos.
Dedos escorregando os fios de cabelos,
Malícia revelando rabiscos e desejos.
Devassas palavras ejaculadas no ouvido...

Corpo nu auge da noite,
Sabores experimentando segredos,
Pêlos e pernas entrelaçadas,
Sensações desvairadas,
Olhares invasores,
Afã de desejo

Umidade latejando sentidos...

Mãos desavergonhadas e sons de Zeca Baleiro:
“feliz ao lado desse bom divã”

Horas no outro, saliva de sêmen, sabores apimentados em nós.
Oráculo de prazeres: sangue, suor e palavra.
Língua no seio lambido... Por entre pernas, corpo no corpo.

Atmosfera escancarada, vento da noite encontrado em nós.

E o mundo adormece, onde o corpo se encontra.

Mas fica mais um pouco, antes que o dia amanheça?



:: eliz ::

Um comentário:

Bianca Garcia disse...

Enquanto lia vc, tocava aqui "Cinema Paradiso", relação direta? Nanhuma. Mas que tuas palavras estavam dançando juntas com a música, ah, isso sim, acontecia.
Adorei!

Beijão!

Cabeça.