É essa sensação cravada nos rascunhos do peito, quando todo "controle" se expande no decorrer dos dias, causando impressões ligeiras de traquilidade.
Tudo parece amortecido pelos atalhos da lida.
Mas o tempo, também nos engana virando páginas mais páginas dos dias. Reencontrando tardias vontades como se elas nunca houvessem transcorrido.
E respeito cada uso da palavra, cada estrela vaga, cada vírgula que tropeça o caminho.
Depois não há mais nada, pois não entendo mais nada e perco a sábia ignorânia do desconhecido, lançado aos braços da vida - roda de ciclos, imperfeitas purificações nas muitas ondas do salgadas do Atlântico, onde os olhos recordam saudades...
Mentalizo e ofereço uma oração à rosa recolhida pelos braços do mar.
Mas eu sou de Oxóssi, da caça e fartura "caçadora de uma flecha só" de São Sebastião do meu Rio de Janeiro, São Jorge de um coração guerreira. Por isso mesmo, não me canso e não me deixo nas argruras do peito.
Sou da luta, mesmo quando a poesia se derrama nas escadas da calçada, ainda quando tudo parece rendido nos vastos sorrisos de mentes cansadas.
E arrisco um risco novo, transformo o caminho e me rendo quando a noite cala.
Há tanta vida na gente e a gente se esquece disso...
: : eliz ::
foto: Rui Pedro Santos Duarte
Um comentário:
É, e dizem por aí que há tanto vazio... Se existe algo que de nós escapa é porque já existe também um excesso dentro.
Sensível vc... Amei, Cabelo!
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