Rio, trem do Corcovado, às 11h40. Sobre a plataforma, chegada do trem... Máquina digital, turistas diversos, sotaques nordestinos, língua indecifrável pelo áudio do ouvido inatingível, brasileiros cheios de gracinhas, em especial os conterrâneos de “mainha”. Gozação com lista de presença... Guia carioca cheio de suingue, histórias que somam Arquitetura, Geografia, Família Real Portuguesa, riqueza da época do café, exploração da terra, desmatamento desenfreado. Conscientização, ação de mãos que trabalham com práticas possíveis e replantam sonhos, de onde nascem árvores, muitas Jacas, bichos. E o positivismo manifestado em toda ação ariana.
Soa a sirene, quando alguém grita: “só pega no empurrão!” E lá segue o caminho até os braços e abraços no Cristo Redentor, rendido por nossa emoção.
Hotel das Paineiras onde se hospedava a seleção brasileira de 50, em plena floresta da Tijuca reflorestada, há tempos desmatada para plantio de café e resgatada por mãos de seis escravos. E lá vindo: “eu sou o samba, a voz do morro sou eu mesmo sim senhor, quero mostrar ao mundo que tenho valor. Eu sou o rei dos terreiros. Eu sou o samba, sou natural daqui do Rio de Janeiro, sou eu quem levo a alegria, pros corações brasileiros.” Quando me pedem pra vir sambar. Intimido-me com convite, depois perco a vergonha, ergo a cabeça e sambo minha emoção sincronizada com o momento. Brasileiríssima rebolo, não como quadril, mas com alma expressada num corpo magro e um sorriso largo, mostrando até o último dente.
Vasto orgulho de ser brasileira e a música devastando a emoção da viagem, dando maravilhas aos olhos afoitos, em plena curva do: Oh!!! Que coisa mais linda, mais cheia de graça, lá embaixo, Ipanema, exibi-se sem pedir passagem e passa com o encantamento do artista.Mas minha alma também canta, quando vejo o Rio de Janeiro.São Sebastião abençoe essa verdade.
Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara... E muitos Tom (s) para um só momento.
: : eliz : :
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