quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Foto: eliz pessoa
Enquanto os meninos passeiam suas pernas sobre as areias de copa, outros olhos expiam ao Forte, beirando a ponta do mar, onde as ondas salientam outras possibilidades.
Alguns deles correm sobre a areia, coloridos de blusa amarela, contra os adversários de azul. Jogam suas pernas com as formas arredondas da bola, também amarela.

Movimento que não cessa, vida que segue e pulsa... Pulsa e ginga com arte de um povo apaixonado pelo futebol.
Algumas bandeiras demarcam as áreas do campo.
Entusiasmado os garotos brasileiríssimos vão aprendendo a “catimba”, maliciando gestos novinhos em folha.
Um deles destaca-se como goleiro, não porque pegue as bolas destinadas à rede, mas, por ficar ali, assistindo com olhos atentos os desenvolver das palavras fabricadas pela bola, de um lado a outro da areia.

Possivelmente colocado ali, por eleição em massa, em primeiro turno, sem direitos a reclamações. É sempre assim, geralmente estão ali não por opção, mas pela falta dela.
Falta de méritos em campo, falta de mandinga nos pés. E quando os pés não funcionam como deveriam, das mãos podem brotar verdadeiros milagres...

Em time de cuecas no tamanho P, calcinhas não entram, nem pra dar o ar da graça ao jogo.
De graça a bola reina, plena, única e inigualável em sua sabedoria. Enquanto a tarde cai, findasse dando espaço aos ritos da noite.

Provavelmente...

: : eliz : :

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