quarta-feira, 29 de agosto de 2007

foto: internet

“Poeira, poeira lavadeira, enfeitadeira, poeiraPoeira vermelha...”

Eu não saberia contá-la, cantá-la, porque minhas palavras são tão rasas, perto de voz forte de uma morena árida e eternamente doce, uma flor do Cerrado, fruto de nossos conflitos tão bem relacionados em sua convivência.

Presença em forma de presente nos palcos da cidade, consegue resgatar na cidade de muitas províncias, nossa identidade - alma de artista.
O que é ser brasiliense.

Compositora de nossas verdades, de nossa Ceilândia e suas feiras nordestinas, tão a cara de uma Brasília escondida no entorno transbordando em nós.
Ela é daqui e por isso mesmo do mundo. Cosmopolita, poesia refletida pelas luzes do espetáculo de sua presença. De tantos outros cenários e espetáculos que ela pisará cantando sua arte, com a voz que impõe respeito até ao público mais desatento.

Cantora, compositora, percussionista, artista cênica, dona de idéia repleta de sua personalidade: “razão, consciência, senso, inteligência, uma cabeça pra pensar”. E ela pensa, e ecoa sua alma pelos cantos de Brasília.

Filha de N’ Razões, Damas de Ouro, melodia desgarrada, sorriso avassalador e simpatia contagiante. E ainda dizem que essas qualidades não são naturais por aqui.

Ela é o samba, funk, afoxé, música de preto de branco, de pardo.
Música miscigenada em sua garganta, em sua raça, que é minha, é nossa e não é de ninguém.

E se há algo engrandece um povo, é a arte quando reflete a alma do lugar.

Ellen Oléria, esse nome cantará história em nós.

: : eliz : :

Um comentário:

Marla de Queiroz disse...

Tão lindo teu texto, Flor.
Dá uma vontade incrível de ter vivido essas emoções no show dela.......isso deveria ser o release..rsrsrsrs...

Saudade sempre.