sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mar Del Plata



Estrada distante entre o tudo e o nada.
Coração armado pra palavras desarmadas.
Estrada percorrendo a gente
Mar de tudo, pistas largas.
Edificações, frio, agasalhos.
Acolhimento.

Língua solta, ouvido atento.
Mar de Atlântico, leões marinhos, focas e vira-latas.
Respeito mútuo.
Peixes, portos, barcos, mariscos, camarões e música brasileira em rádio anteriormente não sintonizada.

Compreensão confusa, imensidão e mais nada.
Cartas ao mar não lançadas
Iemanjá das águas frias
Mistérios profundos
Nó no peito.

Fumantes compulsivos, insônia proclamada.
Personagens latinos, cafés, restaurantes, shopping’s.
Futebol.

Um sonho de cidade
Outro amanhecer, desencontros, desabafos e palavras vomitadas.
Lágrima, verdades desmascaradas, salsa, merengue, olhos preciosos, cantora afloradas, sorriso democrático, encanto latente, o sono num coração vazio, reflexões, interferência de tudo.

O dia seguinte.

Libido e a carne em corpos que se encontram
Sobre a cama, o alimento,
o gosto no gozo do outro,
o êxtase na invasão alheia.

Tatuagens, gemidos e a fome de tudo.

Escritores, poetas, humoristas, suicídio amedrontando a cidade.
Cabelos crespos, olhares curiosos, admiração feminina, desespero das palavras.

Tempo pra tudo isso.
Tempo pra mais nada.

Alongamento, escadas, tv, piadas.
Comida brasileira, saudade insubordinada.

Pêlos, apelos de mim.
Antena quebrada.
Detalhes do esquecido,
C alma pras coisas gastas.

Sinucas, pub’s, miradas,
Lendas...


Mar Del Plata...
Mar de gente!



eliz pessoa

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