quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sobre sombras




                                                                                 (Foto: Google Imagens)


A cidade parece a mesma. É a mesma! Ainda que as cores se apresentem diferentes a cada dia.

O que repete anestesia o olhar e o sentimento.
O que se dá, da dentro da gente e passa.
                             
Fora, tudo se mostra por partes e alguma coisa continua oculta pelas sombras que exibem árvores nubladas no chão.

De lado de cá, nossas sombras nos perseguem enquanto é dia.

E a noite todas as sombras são pardas. Os gatos também, as putas também, a gente também.
As sombras nos impede de ver as pessoas e oculta defeitos e imperfeições.

De dia, tudo é claro e modesto. Tudo é simples e imperfeito. Tudo vige à revelia de um instante vago entre o que sinto e o que vejo.

Só de dia.


elizpessoa

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