Bem a frente, ele toma a sua cerva molhada no bigode já denunciando os excessos da idade. Óculos escorregando pelo nariz e algumas folhas de jornal dedilhadas para matar o tempo.
Sobre a mesa um vidro de molho inglês, além da amarela cerveja.
Ela chega, guarda-chuva sobre as mãos, cabelo curto lambido, agasalho sobre os ombros já fadados pelas leis da gravidade e um certo ar de desânimo pairando junto.
Ele se alegra quando a vê. Ela se mostra indiferente, mesmo que ainda se movimente ao encontro dele. Quando o sujeito a abraça, ela continua “imparcial” – dura na queda.
Sentados frente a frente eles silenciam.
Do outro lado do espaço um outro sujeito degusta bebida barata, arrisca outro folheto e se esconde num som de MP3, assistindo o movimento do mundo por outras ondas.
A frente, uns rapazes insinuam gestos femininos e por alguns segundos tenho a impressão de estar no bar do outro lado da rua...
Ao lado um casal. Ele como quem vem do funcinalismo público – pura distorção de conceitos – ela, como quem sai da ginástica. Se encontram em contextos diferenciados do ares daqui. Ambiente popularizado.
Enquanto ela saboreia, ele imagina, dando asas aos filtros de “imagina ação.”
No meio de todos, duas alianças – três casamentos.
Dois casais. O da frente, saturado, enquanto os de lado, sincronizam.
Em meio a tudo, um solitário se acompanha, muito bem resolvido - diga-se de passagem - de um outro gole de cerveja, casadíssimo com a boemia.
Atrás, duas solteiras soltas na lida. “Bem dita és a fruta entre os homens, e todos se divertem...
Quando o dedo se levanta no apelo de mais uma garrafa de “breja”, um olhar apreensivo se desliza sobre a mesa, enquanto fumaças de cigarros passeiam pelos ares da granita no caminho.
Depois, um brinde a Sampa e os cacarecos de Santa Efigênia vem ao meu encontro.
É noite de sexta-feira, janeiro de 2008.
eliz pessoa
Ela chega, guarda-chuva sobre as mãos, cabelo curto lambido, agasalho sobre os ombros já fadados pelas leis da gravidade e um certo ar de desânimo pairando junto.
Ele se alegra quando a vê. Ela se mostra indiferente, mesmo que ainda se movimente ao encontro dele. Quando o sujeito a abraça, ela continua “imparcial” – dura na queda.
Sentados frente a frente eles silenciam.
Do outro lado do espaço um outro sujeito degusta bebida barata, arrisca outro folheto e se esconde num som de MP3, assistindo o movimento do mundo por outras ondas.
A frente, uns rapazes insinuam gestos femininos e por alguns segundos tenho a impressão de estar no bar do outro lado da rua...
Ao lado um casal. Ele como quem vem do funcinalismo público – pura distorção de conceitos – ela, como quem sai da ginástica. Se encontram em contextos diferenciados do ares daqui. Ambiente popularizado.
Enquanto ela saboreia, ele imagina, dando asas aos filtros de “imagina ação.”
No meio de todos, duas alianças – três casamentos.
Dois casais. O da frente, saturado, enquanto os de lado, sincronizam.
Em meio a tudo, um solitário se acompanha, muito bem resolvido - diga-se de passagem - de um outro gole de cerveja, casadíssimo com a boemia.
Atrás, duas solteiras soltas na lida. “Bem dita és a fruta entre os homens, e todos se divertem...
Quando o dedo se levanta no apelo de mais uma garrafa de “breja”, um olhar apreensivo se desliza sobre a mesa, enquanto fumaças de cigarros passeiam pelos ares da granita no caminho.
Depois, um brinde a Sampa e os cacarecos de Santa Efigênia vem ao meu encontro.
É noite de sexta-feira, janeiro de 2008.
eliz pessoa