quinta-feira, 10 de maio de 2007

Eu me gastei e descamei como os troncos das árvores, em pleno outono.
Consumida, fiz-me forte, quando assim me descobri.
De bastas e supus dar conta dessa onipotência.

Cansei-me no caminho... No, mas e desmanchei-me supondo que podia.

Abusei das palavras, depois as esvaziei em mim.
Eu esqueci-me tentando um gesto novo.
E envelheci nos gestos velhos.

Reconstrui-me do nada, sem memória ou palavras.

E passei, como uma vontade que não cala.

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