quinta-feira, 3 de maio de 2007

As Barrigudas ejaculam flores nos galhos dos Ipês amarelos, rosas, dando graça e colorido na paisagem da cidade. E no céu, uma Lua amarelada enfeita o horizonte de uma Brasília sem fronteiras. Nos balões rodeados de carros, a vida parece um minuto, momentos de transição.

Uma, duas, três cervejas convidam-me para amigos. Convidada o coração alegra-se em meio aos ares rarefeitos da quadra. Manias de pensar demais, de falar demais.
D-e-m-a-i-s...

Locuções esportivas dão ritmo a minha emoção.

Barulho na quadra e harmonia quebrada por lapso de momento.

Na mesa do bar, trânsitos dos astros ditam novas regras, quando me derreto em meio ao caminho.

Cutículas ainda denunciam algumas displicências, assim como o volume dos fios de meus cabelos e a urgência das palavras sobre o poder de uma emoção à deriva.

Um novo ritual para uma nova tatuagem ardida sobre a pele - superfícies de sensações primitivas. Pés desnudos em unhas coloridas de vermelho, nova pintura para os mesmos olhos, de um mesmo sempre, que não acontece todos os dias.

Por noite, fico assim, rabiscada de palavras. Depois padeço num instante de silêncio.

No ouvido: Time do Pink Floyd.

eliz

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