(Foto: Google Imagens)
Choveu por toda a cidade e ela amanheceu úmida e
indiferente.
Nublou sobre os pensamentos daqueles que amanheceram
sós em si mesmo.
Outros griparam mediante os tons acinzentados lá de
fora.
Não houve mais aquele sentimento confuso, disperso
sobre tudo que muda.
Sobre o tempo do tempo todo.
Choveu por toda a cidade, enquanto o teclado seguia
seu destino compulsivo em redigir alguma coisa sem pretexto aparente.
Uma ideia expandiu-se na cabeça do indivíduo que
escrevia, e ele não sabia por que tanto exercia essa mania.
Choveu sobre a roseira de um jardim qualquer,
enquanto um senhor tinha os olhos molhados pela dor e alguns guarda-chuvas
resistiam bravamente à força dos ventos de Iansã.
A cidade ficou muda e lavada enquanto se vivia.
Choveu, enquanto eu dormia.
elizpessoa
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