sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sexta e ela



(Foto: Pedro Cruz)


Termina o dia, a semana, é sexta-feira. Ela desce, pega uns trocados largados na gaveta e resolve comprar uma lata de cerveja para servir de companhia. Nos labirintos da internet, interatividade, música, download e outras possibilidades.
E há tanta vida lá fora, pelos atalhos da cidade e ela ali, fazendo do virtual, a essência para a hora gasta.

Agora ela já não tem mais pressa para escrever e segue redigindo sua relação com o nascimento da escrita. Estranhamente, sentindo necessária solidão para provocar um pensamento, outra idéia e assim, juntar cada vontade incubada nas coisas.

Graduamente ela se descobria diferente na mesma forma do todo sempre. Buscas, leituras, observações do outro lá fora, do modo como as pessoas se relacionavam com elas mesmas.

Em seu pensamento, um samba poderia acontecer num lugar de gente feliz, um brinde, outros encontros, alguns atropelos, continuações do cotidiano das pessoas.

Viu fotos postadas pelos amigos, discerniu o que a agradava e outros contrários, escreveu para algumas pessoas, esqueceu de outras tantas.
Era preciso não permanecer nas coisas, porque outras metamorfoses eram necessárias pra todos os lados. Ela buscava mudança na tentativa de pequenas ações solidárias.

Ela, em plena sexta-feira de Oxalá, do branco, das gentes, de todos os santos.

Num minuto, o mundo cercados de todos possíveis segundos, cabíveis dentro de todos nós.

eliz pessoa

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