Quando você partiu, levou consigo minha alegria mais estasiante, deixando em mim, àquela paciência incompleta, quase beirando a loucura do silêncio.
Em meio ao caos me acalmei, acreditando que tudo não passaria de instante de loucura de sua parte.
Por covardia, esperei a passagem dos dias e fiquei imune ao sofrimento, enquanto havia distância entre nossos olhares. Lentamente, as horas levaram seu contato de mim, e àquele fio tênue que nos envolvia, rompeu-se sem dizer adeus.
De companhia, o dia, e no refúgio da noite, me encolhia nos braços de seus lençóis, agora vazios. Perdi-me de mim, de minha alegria, permitindo que os fatos fossem fadados pela sua inexperiência e covardia.
De volta a nossa presença, suas palavras cortaram meu coração como faca-amolada de cozinha. Sem tempo para o resguate, meu aceite serviu-me de companhia, enquanto vocês desfilavam livres por Brasília.
É sempre estranha a mais pura verdade...
E aqui, ficou a tua ausência, o meu perdão insignificante na passagem dos dias.
Mas eu precisava dessa dor pra entender a mudança, e quem sabe, mudar com ela.
Eu me rendo à travessia.
eliz pessoa
Nenhum comentário:
Postar um comentário