Nos útlimos dias sigo buscando, vasculhando minhas coisas, para encontrar uma leve poeira de esperança sobre minha mesa. De vez em quando sufoca meu peito, e aí me esqueço de todo o resto respirando fundo, pra dentro, como se recuperasse um segundo de minha calma, agora perdida.
Lentamente as horas transcorrem sobre algumas ações decadentes, onde sigo e recrio um passo novo, alheio a tudo isso.
É tempo de palavras e perdões, de acalanto e poesia, pra ver se alguma dor deixa de fazer barulho nos ecos da alma da gente.
Eu escrevo de novo o novo, no velho dia.
E ainda encontro atalhos para tantas sensações. E mesmo assim, não me descubro nas coisas. Nem na cor do cabelo. Deve haver alguma maneira de dar a volta por cima, pelas ruas da cidade vazia, onde o barulho de bares e a alegria persistem dia-a-dia.
Meu mundo é bem pequeno e uma fuga pra fora daqui, cabe tão bem no meu pensamento, enquanto ela sorria. Há tanto abismo calado em nós, certo nó na guela, um ardor no peito e uma corrida insessante para o tempo passar, esse ano acaba de vez com tudo isso.
eliz pessoa
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