sábado, 23 de agosto de 2008

Foto: Carlos Lopes Franco

Se houvesse uma fórmula mágica, ou alguma receita para um novo bolo, eu as experimentaria, ou quem sabe um mágico botão onde, de um segundo a outro, as coisas deixassem de assombrar as maluqueis da cuca.


Mas não há receita para as coisas do tempo, e só ele é capaz de desfragmentar os instantes.
Cadê àquela alegria solta nas ruas? Ou ainda, àquela musicalidade solta no ar.
Cadê?


Agora que os livros são meus reais amigos, porque me levam para outras vidas, noutras culturas, que me trazem vertentes que não cabem em mim, e agora só há tempo para o silenciar, e o reencontro com as palavras da literatura, ou para as viagens para as entranhas do Brasil, para as cidades velhas do tempo e para a passagem de rostos anônimos, envelhecidos de histórias, remarcados pelas linhas do existir.


Eu não sei o que aconteceu aqui, mas eu não sou mais a mesma, e talvez nunca volte a ser.

eliz pessoa

2 comentários:

Anônimo disse...

E que não volte a ser.
Acredito que o verdadeiro sentido disso tudo aqui se mostra, exatamente, nessa nossa possibilidade de transformação.

Anônimo disse...

E que não volte a ser.
Acredito que o verdadeiro sentido disso tudo aqui se mostra, exatamente, nessa nossa possibilidade de transformação.