Escrevo para me recompor, para não morrer mais um pouco, para não me desenganar.
Ainda assim, reparto em cada texto novo rastros de minha essência desnudada em rabiscos.
Escrevo para parecer à mesma e não perecer no silêncio, nos labirintos desfragmentados ao longe. Porque não aprendi a fazer de outra forma, não sei desfalecer senão for pela palavra e suas curvas acentuadas.
Escrevo para me mostrar, depois recolho todo o texto exibido em porta de geladeira e finjo não tê-lo escrito.
Escrevo e reescrevo para, acima de tudo, aquietar o pensamento, silenciar a alma, e me encontrar comigo, fugir do mundo, das gentes, das horas.
Escrevo por puro exercício, de não saber fundo, do fundo da gente.
Para esquecer o paraíso e para ficar mais próxima da real verdade.
Escrevo a contemplar o que ficou de mim, ante de escrito.
eliz pessoa
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