No silêncio resta muito da gente, labirintos, idéias vastas, quietude, re-começos, reencontro de palavras mudas, nó, textos esquecidos em cabeça de gaveta, no esconderijo de armário, dentro das páginas de livros.
No silêncio alguém se encontra e finge serenidade, depois se olha no espelho e espelha o tempo, presente de tudo que passa.
No silêncio a solidão espreita, e se esconde na curva da casa de tinta descascada, quina do quadro no retrato exibindo um sorriso.
No silêncio uma palavra morre, enquanto outra se mata, e bem no canto um gato espreita a hora do nada.
Nu silêncio a vida cisma da gente, sombando nossas verdades e se deleita num pranto novo, com ares de maturidade, depois despenca ao chão como fruto vencido.
No silêncio gritam lembranças, quando a noite se alonga sobre o corpo do dia.
Ah! Mas o dia... Nele não há silêncio, apenas a imensidão do barulho que cala.
eliz
2 comentários:
Baw, kasagad-sagad sa iya ubra blog!
Meu amor,
que texto forte, que texto lindo!
Vc está cada vez mais incrível, mais incrédula!
Amo.
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