quinta-feira, 18 de abril de 2013

Há males que vem pra bem


                                                               (Foto: Alexandre R. Costa, Google Imagens)


Finalmente após tantos e extensos anos, mudei.
Não mudei de cara, nem de roupa e nem de jeito.

Mudei pela dor, deixando de lado do amor, como sempre acontece na vida das pessoas em geral.

O que se fez diferente foi à geografia, a casa e a cultura do lugar. Antes havia um Plano Piloto, quase sempre muito caro e bem organizado. Agora, a cidade que nasceu nas poucas montanhas que margeiam àquela Brasília já vista de longe.

E lá se vão alguns anos, parte da vida gasta.

Não é fácil arriscar o novo, ainda mais quando ele nos exige outras percepções bem mais aguçadas.

Por aqui meu lema é passar despercebida, quase invisível. Para isso há que se esconder a tatuagem, prender o cabelo, apressar os passos para não dar tempo a nada. Chegar em casa e lá ficar tranquila.
O exercício agora é o contrário e às avessas a minha personalidade.
Mas quem disse que seria fácil? É, pelo o menos, calculável.

Nas artimanhas do existir, as coisas e circunstâncias seguem moldando novos olhares lançados primeiramente sobre os outros.

É tempo de novos desapegos. Pra ser bem sincera, já ando me acostumando com isso.

Tempo de minimizar as dificuldades, pois elas se impõem naturalmente, e enxergá-las abaixo de tantas graças recebidas. Seria de minha parte, uma tremenda ingratidão. Mas não sou apta a esse tipo de sentimento. Agradeço a tantas pessoas e outros fatos.
Por essas razões é que meu tempo será sempre hoje. Agorinha mesmo.


elizpessoa

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