(Foto: Alexandre R. Costa, Google Imagens)
Finalmente após tantos e extensos anos, mudei.
Finalmente após tantos e extensos anos, mudei.
Não mudei de cara, nem de roupa e nem de jeito.
Mudei pela dor, deixando de lado do amor, como sempre
acontece na vida das pessoas em geral.
O que se fez diferente foi à geografia, a casa e a cultura
do lugar. Antes havia um Plano Piloto, quase sempre muito caro e bem
organizado. Agora, a cidade que nasceu nas poucas montanhas que margeiam àquela
Brasília já vista de longe.
E lá se vão alguns anos, parte da vida gasta.
Não é fácil arriscar o novo, ainda mais quando ele nos exige
outras percepções bem mais aguçadas.
Por aqui meu lema é passar despercebida, quase invisível.
Para isso há que se esconder a tatuagem, prender o cabelo, apressar os passos
para não dar tempo a nada. Chegar em casa e lá ficar tranquila.
O exercício agora é o contrário e às avessas a minha
personalidade.
Mas quem disse que seria fácil? É, pelo o menos, calculável.
Nas artimanhas do existir, as coisas e circunstâncias seguem
moldando novos olhares lançados primeiramente sobre os outros.
É tempo de novos desapegos. Pra ser bem sincera, já ando me
acostumando com isso.
Tempo de minimizar as dificuldades, pois elas se impõem
naturalmente, e enxergá-las abaixo de tantas graças recebidas. Seria de minha
parte, uma tremenda ingratidão. Mas não sou apta a esse tipo de sentimento. Agradeço
a tantas pessoas e outros fatos.
Por essas razões é que meu tempo será sempre hoje. Agorinha
mesmo.
elizpessoa
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