quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Por aí


(Foto por Eliz Pessoa)

Havia uma possibilidade remota de fazer as coisas acontecer de uma maneira mais branda, fácil.

Havia muitos caminhos nesses passos sobre as coisas, existindo intensamente segundo a segundo.

Havia tanto texto aqui, ai, a cá, Allah.
São tantos deuses endeusados pelas gentes.

Há tanto Brasil aqui dentro de mim e ainda há tanto ainda que brasiliar...

Sou essa confusão generalizada em um mundo completamente confuso em si mesmo.
Sinto-me um reflexo da perdição em que me encontro. Perdição ligada a minha alma, a minha maneira de ver as coisas remotamente.

Sou uma possibilidade cheia de reticências.
Vivo este agora, e quando a dor me acomete, perco o medo da morte, quando não a curto intensamente, indo no fundo das coisas.

Tenho a impressão de que uma hora acordo dessa coisa boba e maravilhosa do existir e deixo essa ilusão generalizada. Mas é tão bom viver, desabrochar...

Viver é estar completo em tudo que se pisa, é estar inteiro em tudo que se divide.
E não se engane, não é fácil escrever (confesso). Nada é fácil, mas o não escrever é assumir a morte enquanto vida, dia a dia, enquanto esqueço tudo isso.

eliz pessoa

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