(Foto por Eliz Pessoa)
Havia uma possibilidade remota de fazer as coisas acontecer de uma maneira mais branda, fácil.
Havia muitos caminhos nesses passos sobre as coisas, existindo intensamente segundo a segundo.
Havia tanto texto aqui, ai, a cá, Allah.
São tantos deuses endeusados pelas gentes.
Há tanto Brasil aqui dentro de mim e ainda há tanto ainda que brasiliar...
Sou essa confusão generalizada em um mundo completamente confuso em si mesmo.
Sinto-me um reflexo da perdição em que me encontro. Perdição ligada a minha alma, a minha maneira de ver as coisas remotamente.
Sou uma possibilidade cheia de reticências.
Vivo este agora, e quando a dor me acomete, perco o medo da morte, quando não a curto intensamente, indo no fundo das coisas.
Tenho a impressão de que uma hora acordo dessa coisa boba e maravilhosa do existir e deixo essa ilusão generalizada. Mas é tão bom viver, desabrochar...
Viver é estar completo em tudo que se pisa, é estar inteiro em tudo que se divide.
E não se engane, não é fácil escrever (confesso). Nada é fácil, mas o não escrever é assumir a morte enquanto vida, dia a dia, enquanto esqueço tudo isso.
eliz pessoa
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