segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sobre o Amor

Foto: Eduardo Gastaldo


Ah, o amor...

Se o amor for essa coisa inatingível, utópica, inimaginável, longe do cotidiano, comum de dois gêneros, impraticável em todas as convivências?

Se passar muito longe de tantas vivências e de repente, revelar-se apenas num conceito, distante da lida e romantizasse tanto, ao ponto da inutilidade, na desfalecida exaltação de uma idéia de razões desconhecidas, e desfilar longe das essências, do ato na vida quando ela se pinta, resgatando apenas algum tipo de arte, recontada nos minutos que levam uma pouco da gente, na pressa derradeira dos tempos, no lançamento maluco das horas, entregues ao nada.

E se ele se esquecer de apresentar-se, e sem meias palavras partir, sem dizer que esteve todo o tempo ao lado da gente?

E se não deixar saudades rasas, mas lembrança sincera como parte de tudo que finda, haveria oportunidade de não deixá-lo partir de nós?

E se não houver perdão pra tanto esquecimento, e ele não passar do que eu sinto agora?
Ah, esse amor tão longe da gente, presente em tudo passa.

eliz pessoa

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