quinta-feira, 1 de novembro de 2007

foto: (anônima)


Por enquanto as cordas vocais de nosso Cartola, tecem de carícias a melodia de um som vasto de sentimento, de imensidão, calando os delírios da noite, a atmosfera do pensamento, a raridade do momento, incío de tudo. O cheiro da última chuva, canta outras sensações, causando na gente, cheiro de mato.

Como nos sertões, nós também fazemos festas de boas vindas às águas que lavam a alma da cidade ressecada.

A inaguração de um novo bar, na Asa do norte, enchem de especativas os corações dos solteiros, como se, de uma hora pra outra, o encontro acontecesse em cada um de nós.

Mas ela desce a escada como se fosse gente, civilizadamente.
A pomba, toda feminina, assalta os olhos da primeira pessoa do singular, de ares igualmente femininos.

Um triz aproxima países latinos, e a Argentina exerce outro fascínio sobre os ouvidos, e uma ância de um vinho nas esquinas de Buenos Aires, depois a sensualidade de um Tango, arrepia resquícios de meus pensamentos.

A plenitude da mudança nos afasta da eternidade, o mundo gira quando alguém dança.

São tantos quereres amortecidos por aí, e tanto exercício na prática das coisas.

De repente, não se diz mais nada, porque a palavra tornou-se vazia, sem fundos de poço, sem restos de sabedoria, e a denúncia dos atos enfeitiçam cada minuto, sem que percamos tempo tocamos a vida, com a urgência de um tempo hábil.

Muitos parágrafos não sintonisam rádios de estações perdidas, e ainda assim, outros sonhos são replantados sobre os dias em negrito da cidade.

Ah, mas essa simplicidade, perturbada pela impaciência do corpo é que entorpesse o últimos minutos que camuflam o sono.

Por enquanto, tá tudo assim, meio dormente.

: : eliz : :

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