Sobre o asfalto ressecado, dividindo os dois eixos que traçam as retas da cidade, os passos contabilizam pensamentos.
Alguns coqueiros definindo o meio do caminho e do outro lado, a ambulância anuncia passagem, quebrando detalhes de cá.
Na altura dos pardais a velocidade de carros pardos não ameniza a passagem de uns loucos “pés-destros”. Barulhos de segunda-feiras, enquanto a tecnologia sms insiste em alertar-me que alguém preocupasse comigo: pré o cu pa cão desocupada.
Devagar se vai ao longe divagando.
Devagar se vai...
As avenidas aquietam sons de cidade, o bar aprontasse para abrir e o álcool – ópio do trabalhador trabalha as intempéries da alma, temperando a lida, tendo como trilha sonora, nuance de som de grilo. Notas que sobem e descem com as horas da estação que se finda.
Sem que se perceba um Opala, símbolo de potência e velocidade, recorta nervos da memória de infância.
Eu também tenho mais de vinte anos.
30 mil desculpas,
30 mil acertos,
30 mil repetições,
30 mil idéias,
30 miúdos mudos aqui.
Mas o que é o ser pra que pensa se os homens à beira da rua, apenas embaralham cartas, sentados em caixas de laranjas já consumidas, perto da outra Asa que aponta o norte? “Justiça de todos”. Poder de julgar minorias, dissociando homens, produzindo livros e lixo, retalhos de nós.
Humaniz a r t e, humaniza a gente.
Pretérito imperfeito superando o absoluto imperado sobre nós – nó do mundo, metendo olhares em tudo que passa.
Segunda-feira...
Sinto ninhos de g e n t i l e z a s aqui.
Sintoniza g e n t i l e z a s em nós.
:: eliz ::
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