quinta-feira, 26 de julho de 2007

foto: eliz pessoa


De repente Maria amava Pedro, mas ele gostava muito de Ana, que só pensava em Paulo, que tinha idéia fixa em Rita, que se irritava com isso. Ela sonhava com Chico que desejava Maria (àquela que amava Pedro, que não tava nem aí pro resto do conto).

Então Lucas amava Carolina, que namorava outra moça, que por sua vez, sonhava em ir embora pro Rio, onde morava Joaquim que não amava, pois havia desistido dos tais laços para não doer em mais ninguém.

Em meio há tantos desencontros, lá vinha Vinícius, cheio de prosa e poesia, dizendo que “a vida é a arte do encontro, embora haja muitos desencontros pela vida.”
Não é que o cara tinha mesmo razão!

Acho mesmo muito comum a “arte do desencontro”, ta nas ruas, nas histórias dos outros, nas nossas, nas prateleiras de livros, por aí, solta. E o que é mais interessante, nos pontos de encontro da cidade.

Talvez o desencontro quando desencanta, transforme-se em encontro e quando isso se realiza em nós, deve ser “coisa feita”, “mandinga caprichosa” da tal felicidade.
É, àquela que (dizem) encontrarmos em momentos de descuido.

Quem sabe uma pintada de descuido não faça mal a ninguém...


:: eliz ::

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