segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Proibido Jogar Entulho

                                                 (Grafite de Daniel Melim)


A rua, o abandono, o escuro, o excesso de luz, a miséria, o outro.
A rua, o cão, o homem, a pedra e as necessidades.
A rua, a arte, o silêncio, o berro.

A rua, tantas dignidades assoladas por ela.
A rua, a falta d’água, a ausência do teto, a pele e o edredom, a desesperança.
A rua, o medo, a cólera, a dúvida, a morte, a vida.
A rua, o álcool, as drogas, a dor e um corpo queimado – o mendigo, um índio e o negro.

A rua, as mulheres grávidas, a opressão, o presente tão futuro.
A rua, o sexo, a pele, o cheiro, os outros.
A rua, os pobres, o desemprego, o afeto.
A rua, a memória de um homem, uma mulher, um menino.
A rua, o passado tão presente.


A rua e uma felicidade esquisita...

elizpessoa

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