Lentamente eles
aparecem desconfiados, alguns sujos, outros disfarçados. Seguem noiados como
quem procura e foge de algo. Juntam-se no piscar de olhos. Seu vício, a pedra,
maldita cuja. Eu fico ali olhando passivamente, observando cada movimento, cada
passo escondido, cada sintonia daquela estação.
Eles aumentam em
números todos os dias, enchendo o final da tarde partida, nas ruas do setor
comercial sul. São muitos, iguais, indiferente a humanidade que passa.
Provavelmente, entraram madrugada à dentro, experimentado a lombra da cidade
adormecida. Eu sigo o caminho repetido, sigo com eles fotografados no
pensamento, sabendo até quem manda e desmanda na área, sabendo quem detém a
pedra e quem corre atrás dela desesperadamente. Ao fim, lá vou e eles ficam
ali, à mercê de própria indiferença.
elizpessoa
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