É preciso acalmar os ânimos, acalentar ideias.
Respirar fundo no fundo do ser.
É preciso correr e tomar fôlego.
Engolir o ar por todo o caminho, enquanto ainda sobra
tempo.
É preciso pausar o relógio das inquietações.
Respirar de novo, controlar os impulsos, ir fundo na
gente.
Preciso derreter-se ao acaso, seguir tentando, apertando,
afetando alguma coisa lá dentro recolhida.
É necessário cantar de novo aquele canto bem alto no
canto do chuveiro.
Despertar a alma num verso, reverso de tudo.
É preciso se perder e perdoar novamente o que ficou
esquecido no vazio de nós.
E começar sempre de onde paramos... Pleitearmos
novas emoções.
Até que tudo não passe mais de um instante fecundo, desabrochado raramente.
elizpessoa
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