domingo, 23 de outubro de 2011

(foto site http://www.espacoimaginario.com/)

Depois que São Pedro resolveu lavar a casa onde habitava a minha ignorância e o céu despencou sobre nossas cabeças, o tempo fechou a cara para o dia.

Flagelados, sobreviventes perambulavam na manhã seguinte sobre os atalhos daquele que se acostumou com o medo e o abandono da espécie humana.

Em meio a vícios distintos, a gana da hora se resume em labirintos de uma nova língua desvairada.

Em caminhos de muitos desesperos, tudo pede socorro: o dia, grafites estampados em muros incompletos da cidade, o pouco de tempo resumindo o horário de verão, a permanência das coisas rasas e insistentes, enquanto um belo latino insinua-se no trânsito num passo de malabaris, encantando uma moça vazia e desesperançada, em meio ao paraíso das mangueiras carregadas. Ela ainda se engana com o anúncio milagreiro para reduzir gordura localizada, de 2 a 10 cm... tudo isso num piscar de olhos corridos.


eliz pessoa

Um comentário:

Bianca Garcia disse...

cara, esse ficou bom demais!
nossinhora!!!!!
=)