segunda-feira, 21 de junho de 2010
Tempos sem Saramago
Foto de Carlos Vilela
Tamanha estranheza se põe sobre as réstias dos dias e inteiros os pés calçam asfaltos coloridos pela sujeira da má educação. Eu não sei o quanto se perde e se acha da gente nos outros, nas diversas tentativas proclamadas num único só pensar.
É tempo de música e de pôr-se pra fora de casa, de reencontrar as palavras esquecidas em rascunhos de gavetas, cartas e re-começos, parágrafos e sínteses de todos os sentimentos centralizados em nós.
Chegou a hora da reescrita, de realizar pazes com o interior da essência, das certezas cumpridas com a nossa centelha de responsabilidade. É tempo de olhar dentro do olho do outro e enxergar o abismo de tanta humanidade. Tempos sem Saramago e de uma cegueira tão intensa e sufocante aterrada no âmago de nossa estupidez mais inocente. É tempo de gente para gente, de ser mais claro, cuspir os nós atrelados na garganta, de pensar no outro, uma, duas, três vezes se possível, porque também é tempo do outro, e esse outro não precisa ser o íntimo, nem fazer parte da nossa roda, mas o outro pode ser àquele mais distante, ignorado, além do tudo isso.
É tempo de humanizar o caminho, de ouvir outra canção.
Tempo de estar.
eliz
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Cara Eliz!
Fico muito contente que tenha escolhido uma imagem minha para acompanhar o seu texto, mas, lamento que não tenha colocado os créditos da imagem. Espero que corrija esta e todas outras no seu blogue. Obrigado
Carlos Vilela
Postar um comentário