sábado, 1 de maio de 2010

Só por hoje



Foto: João Ferraz

Hoje não é um dia fácil, diluído com tranqüilidade.

É um dia vagaroso, cercado de questionamentos sobre o existir, se é que de fato existimos... Hoje é um dia para aquietar-se, embora o corpo peça por distrações em meio a multidões, tentando silenciar essa angústia, pedaços de todos nós.
Hoje é um dia pra se morrer um pouquinho, depois dormir e acordar bem mais tarde quando todos os sons estiverem habitando o silêncio.

Hoje é o dia em que “até pra morrer é preciso existir”.

É um daqueles dias que somos a melhor companhia pra nós mesmos. Tempo de estar só e acolher-se por inteiro.

Hoje é o dia que uma bebida e àquela canção que a gente escuta até a completa exaustão, são as nossas melhores companhias.
Não precisa falar.

Hoje é um dia como todos os outros e é só mais uma daqueles dias em que se vive por inteiro sem muita velocidade.

Mas hoje passa tão sorrateiramente que e a gente nem se dá conta.


eliz pessoa

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