quarta-feira, 25 de março de 2009


Foto: Zubehör Buyer Wauted



A moça passa, desfilando suas sutilezas nas ruas da cidade, transcendendo a lógica imperfeita dos dias. E as avenidas em movimento, em plena circulação venosa, dão ares de maturidade em margens de todas as gentes.

É fato, mas as coisas às avessas, nos enganam por dentro. E eis que o dia se alimenta de suas próprias raízes, e os constantes barulhos dos carrinhos de supermercados, anunciam o tempo do consumo, enquanto as paradas ainda cheias dão sinais de vida na lida incessante das semanas.

Os graves efeitos da “grave-idade” tornam-se traços expressivos nas filas de toda as gentes, onde até a imagem retratada, quando não resgatam lembranças, denunciam a hora do tempo.
E jovens senhoras, camuflam sobre o pó da maquiagem, suas cores de apatia, enxergando o mundo sobre a ótica obscura de seus óculos escuros.

Hoje também, li que: “em tempos internéticos, as cartas e gentilezas perdem espaço para as tecnologias constantes”, mas eu não creio em tudo que dizem, e ainda encontro tempo para escrever cartas. Não há nada caduco nisso, nem tanta modernidade em outros fatos.

E a moça, nem bola dá a tudo que passa presa aos sons de sua simpatia.

De qualquer forma, é melhor desligar a máquina.


eliz pessoa

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