A cidade silencia na quietude das ruas vazias, em plena palidez dos dias banhados de chuva, ou ainda na expanção do verde espalhado nas gramas e nos altos galhos das árvores retorcidas do Cerrado.
De certo modo, os habitantes desta província arrumaram as malas e fugiram para outras caminhos. Em outros tempos, alguma coisa aqui dentro se queixaria, inquietando-se num certo vazio “brasiliano”. Estranhamente aquieto-me e identifico alguma intimidade com esse silêncio, essa ausência das gentes, ampliando as avenidas, agora largas e seus poucos... muito poucos carros a transitar aqui.
O tempo manifesta-se em instantes hiatos, onde os sons surgem nas coisas mais caseiras, na alegria dos pássaros, no soar do sino daquela ingreja franciscana, na insistência das gotas de chuva caindo sobre tudo lá fora, ou ainda nos intervalos das páginas de um livro qualquer, no descanço vespertino em plena quarta-feira, no descompromisso com as horas e na vagarosa preguiça das férias, em pleno nada. E como gatos, fico ali dentro, sobre a cama, quase de cabeça pra baixo, como se o mundo descanssasse em mim.
Atualmente, gosto mais da cidade assim, com ares interioranos, abandonada dos excessos provocados pelo barulho das gentes, com cara de outros tempos. E embora essas férias tenham cara de chuva, um gosto de vinho combina com o deleite dessa hibernação do final dos tempos pra alguns, e ao final do ano para outros.
E sobrevivo sobre a luz de uma vela acessa para um santo já esquecido, e faço férias em meu coração.
eliz pessoa
De certo modo, os habitantes desta província arrumaram as malas e fugiram para outras caminhos. Em outros tempos, alguma coisa aqui dentro se queixaria, inquietando-se num certo vazio “brasiliano”. Estranhamente aquieto-me e identifico alguma intimidade com esse silêncio, essa ausência das gentes, ampliando as avenidas, agora largas e seus poucos... muito poucos carros a transitar aqui.
O tempo manifesta-se em instantes hiatos, onde os sons surgem nas coisas mais caseiras, na alegria dos pássaros, no soar do sino daquela ingreja franciscana, na insistência das gotas de chuva caindo sobre tudo lá fora, ou ainda nos intervalos das páginas de um livro qualquer, no descanço vespertino em plena quarta-feira, no descompromisso com as horas e na vagarosa preguiça das férias, em pleno nada. E como gatos, fico ali dentro, sobre a cama, quase de cabeça pra baixo, como se o mundo descanssasse em mim.
Atualmente, gosto mais da cidade assim, com ares interioranos, abandonada dos excessos provocados pelo barulho das gentes, com cara de outros tempos. E embora essas férias tenham cara de chuva, um gosto de vinho combina com o deleite dessa hibernação do final dos tempos pra alguns, e ao final do ano para outros.
E sobrevivo sobre a luz de uma vela acessa para um santo já esquecido, e faço férias em meu coração.
eliz pessoa
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