terça-feira, 18 de dezembro de 2007


É quase chuva, e os ventos anunciam movimento nas cortinas daquela casa.

Eu bem poderia, faria, diria, insistiria, remontaria, removeria montanhas para enxergar do outro lado daquela fantasia, daquele pequeno espaço que a criança presumiu existir ali, onde o sol se insinua. Mas preferi ficar vagando em meio a pensamentos sacudidos pelo vento, que suponho ser macho, pelo artigo que o defini antes de o ser.

É noite e a terça-feira se expande sobre as linhas do parágrafo, quando alguns loucos não arriscam versos novos, para não acertarem a lucidez. Lúdico, o movimento da cidade move o vento, que move moinhos nos montes de Cabo Frio. E atrás de mim, o áudio televisivo reclama outras tecnologias, e o auxílio de uma garrafa de cerveja, esclarece outras aliterações.
Eu não sei bem onde foi parar àquela velha roupa colorida, desbotada em mim.

foto: internet


: : eliz : :

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